O perigo plástico

É do senso comum que o plástico se tornou quase que uma pandemia global. Embalagens, copos, canudos, garrafas, materiais de pesca, sacolas, eletrônicos, utensílios domésticos e outras coisas se espalham por todos os lados, matando animais, plantas e empobrecendo ecossistemas. O polímero derivado de petróleo que foi fundamental para o desenvolvimento da indústria e do comércio global vem se tornando uma grave ameaça ao meio ambiente poluindo cidades, campos, mares, rios e florestas.

O plástico foi inventado pelos químicos britânicos Whinfield e Dickson em 1941. De acordo com pesquisas publicadas na revista Science Advances, por cientistas das universidades da Geórgia, da Califórnia e da organização oceanográfica Sea Education Association (SEA), de 1950 até 2015 o ser humano produziu 8,3 bilhões de toneladas do material. Sendo que a maior parte desse plástico virou lixo e quase 80% está em aterros sanitários ou no meio ambiente.

No PEI o plástico também tem presença marcante, mas em um formato feito para mostrar que é possível reaproveitar e utilizar o material de forma correta no meio ambiente. Ele está presente em quase todo o passeio e para muitos é impactante saber que se está caminhando por um piso e uma passarela feitos com resíduos de Polietileno Tereftalato, ou PET. Sim, o plástico com o qual são fabricadas as garrafas PET de água e refrigerante.

No todo o composto em que são feitas as placas chamadas de “madeira plástica” é feito com resíduos da indústria moveleira e de PET triturado e derretido. São cerca de 500 metros de passarela no PEI. O material ajudou a dar um novo uso a um número significativo de embalagens plásticas que na natureza levariam de 200 a 500 anos para se decompor.

Por essas e outras razões que o PEI proíbe os visitantes de fazerem refeições no local, para evitar o descarte de embalagens plásticas e orienta a todos a não se desfazerem de nenhum resíduo durante o passeio, nem das gomas de mascar, que levam 5 anos para se decomporem.

Mas esse cenário preocupante do plástico como um dos maiores poluidores da natureza está mudando. A corrente de pessoas que realiza a coleta seletiva de lixo e o encaminha para reciclagem em locais especializados ou que dispensam as sacolas plásticas dos supermercados e optam por embalagens biodegradáveis tem aumentado.

As pequenas ações nesse contexto são de extrema importância e a consciência de que devemos deixar um planeta saudável para as próximas gerações nos ajudará a vencer essa batalha.