Parque Ecológico Imigrantes impulsiona a educação ambiental
Em meio à pressão urbana da Região Metropolitana de São Paulo, uma grande área de regeneração da Mata Atlântica vai muito além da concepção tradicional de um parque. Como um laboratório vivo de educação ambiental, o Parque Ecológico Imigrantes (PEI), localizado em São Bernardo do Campo, se tornou uma referência em engenharia sustentável e um centro de aprendizado imersivo, projetado desde sua origem para conectar o ser humano com a floresta.
Inaugurado em 2018, o PEI é uma iniciativa da Fundação Kunito Miyasaka e foi construído com um princípio de interferência mínima no meio ambiente. A educação ambiental no parque é uma experiência única. As visitas guiadas transformam a caminhada em uma aula dinâmica.
De acordo com o diretor do PEI, Marcio Takiguchi, “o objetivo é contar a história da Mata Atlântica, um bioma extremamente ameaçado, e demonstrar como é possível uma convivência harmoniosa entre o desenvolvimento e a conservação”, explica ele.
Os temas abordados nas incursões na floresta são diversos. A identificação de espécies nativas, como o palmito-juçara, as samambaias, o cambuci e o araçá; além das espécies de aves, insetos e possíveis vestígios de mamíferos, fazem parte da história e da biodiversidade do local.
Um dos assuntos mais importantes abordados pelos monitores é o da regeneração florestal. Eles explicam que o parque está em uma área de recuperação e que as árvores ali encontradas são um exemplo do poder de resiliência da natureza.
A sustentabilidade é demostrada por meio dos sistemas de captação de água da chuva, do tratamento de efluentes, geração de energia solar e o uso de materiais de baixo impacto. Além disso, a localização do PEI permite discutir a formação da Serra do Mar e sua importância para o regime de chuvas e a qualidade de vida na região.
A passarela elevada permite que os visitantes “caminhem sobre a copa das árvores”, observando a vida sem impactar o solo ou prejudicar a vegetação sensível. Para muitas crianças da Grande São Paulo, a visita ao PEI é o primeiro contato direto com uma floresta densa e preservada. Assim, o parque demonstra que a melhor forma de aprender a preservar é vivenciando a beleza e a complexidade da natureza.
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