
Aranha-de-prata, equilíbrio do ecossistema
O Parque Ecológico Imigrantes se consolida como um santuário de biodiversidade da Mata Atlântica. Entre as trilhas e folhagens das árvores, um artista peculiar tece sua teia, a aranha Argiope argentata, conhecida popularmente como aranha-de-prata ou aranha-albina. Com seu abdômen marcado por listras prateadas e amarelas brilhantes, a Argiope é uma das moradoras mais fotogênicas do parque.
Diferente da fama negativa que muitas aranhas carregam, esta espécie é inofensiva aos humanos e desempenha um papel vital no equilíbrio do ecossistema. Sua característica mais notável é a teia circular, uma engenharia de precisão que pode chegar a até dois metros de diâmetro.
Em média, as fêmeas têm 12 milímetros de comprimento, muito maiores do que os machos, que têm 4 milímetros. A espécie é grande e apresenta um padrão na região dorsal que consiste principalmente em prata, laranja e em alguns casos amarelo. O cefalotórax é de cor muito clara enquanto que a metade posterior do abdómen é de cor escura com manchas brancas.
No centro da teia ela faz um zigue-zague branco e espesso chamado de stabilimentum. Essa forma de entrelaçamento da teia pode ter uma função, que talvez seja camuflar a aranha ou também pode ser construída para fortalecer a estrutura e atrair insetos polinizadores, sua principal fonte de alimento.
A Argiope é um exemplo de como a natureza combina beleza, funcionalidade e uma estratégia de sobrevivência eficiente. Estas espécies são parceiras no controle de populações de insetos, como moscas e mosquitos.
A presença abundante das aranhas é um bioindicador de saúde ambiental. A próxima vez que caminhar pelas trilhas do parque, olhe com cuidado entre a vegetação. Você pode ser presenteado com a visão de uma dessas joias da floresta.
Foto: Helio Lourencini CCommons
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