
Curupira é escolhido mascote da COP30
Uma das lendas mais antigas do folclore brasileiro − descrita pelo padre José de Anchieta (1534-1597) − o Curupira foi o escolhido pela organização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 – COP30, que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém, capital do estado do Pará, como mascote do evento.
Uma figura ideal para representar a força do Brasil na preservação do meio ambiente durante o evento que promete ser o mais importante do mundo no ano de 2025. O Curupira é um símbolo de resistência da floresta, mostrando que ela tem seus próprios defensores.
Em texto de 1560 − escrito em São Vicente no litoral de São Paulo − o padre jesuíta José de Anchieta detalhou que os indígenas temiam muito a figura de Curupira, considerado um dos guardiães das florestas, e faziam oferendas para não serem atacados. A palavra vem do tupi-guarani “curumim”, que significa menino; e “pira”, corpo.
Um guardião das matas, muito conhecido na Amazônia, mas que também protege a Mata Atlântica e outros biomas. Ele usa a astúcia e poderes mágicos para proteger os animais e a natureza. Sua lenda se espalhou pelo Brasil, ganhando diferentes versões ao longo do tempo.
Descrito como um menino de baixa estatura, com cabelos vermelhos como fogo, o Curupira tem os pés virados para trás. Essa característica única confunde caçadores e garimpeiros e madeireiros, pois suas pegadas parecem levar em direção oposta à que ele realmente segue. Algumas histórias também falam dele tendo dentes verdes ou sendo capaz de se transformar em animais.
Segundo a lenda, ele persegue e pune aqueles que caçam por diversão, desmatam sem necessidade ou maltratam os animais. Com assobios, ele faz com que invasores se percam na mata, levando-os a andar em círculos até ficarem exaustos. Em algumas versões, ele chega a pregar peças mais assustadoras, como assombrar caçadores com risadas misteriosas ou até mesmo atacá-los.
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