Cigarras

O som estridente das Cigarras no Parque Ecológico Imigrantes mostra que a época de acasalamento da espécie chegou. Ao contrário do mito popular, as cigarras não cantam até estourarem. A verdade é que os machos da espécie possuem um tipo de caixa acústica onde há uma membrana que vibra no abdômen e é responsável por produzir esse som peculiar, que pode chegar a 120 decibéis e é feito para atrair as fêmeas.

Da ordem Hemiptera, subordem Homoptera, a Cicadoidea ou Cigarra faz parte de uma família de cerca de 1.500 espécies, sendo que a Carineta fasciculata pode ser considerada como a espécie-tipo brasileira. As cigarras passam por metamorfose. As que estouram e deixam as cascas nas árvores são as fêmeas, que não cantam e são surdas, apenas reconhecem a vibração que vem dos machos.

Após o acasalamento, a fêmea faz cortes na casca de um galho para depositar os ovos. Ela pode fazer isso repetidamente, até colocar centenas de ovos. Quando eclodem, as “ninfas” recém-nascidas caem no chão e entram na terra.

As fêmeas morrem logo depois de botar. As ninfas vivem na terra de 1 a 17 anos (depende da espécie) se alimentando da seiva de raízes. Depois desse período, elas cavam túneis, sobem nas árvores e sofrem uma metamorfose, a ecdise, se tornando adultas e prontas para o acasalamento, que ocorre durante os meses quentes do ano, o que varia de acordo com a região geográfica.

A maioria das cigarras passa por um ciclo de vida que dura de dois a cinco anos. Atingem até 10cm de envergadura e possuem uma aste comprida para se alimentar da seiva das árvores. As cigarras fazem parte de uma cadeia alimentar e servem de alimento aos predadores, como aves e outros animais, por isso a presença no ecossistema é positiva.

Segundo a crença popular, quando as cigarras param de cantar, após fazerem o zunido, pode significar que a chuva está por perto. A explicação seria a de que elas não podem mover as asas quando a umidade está alta e por isso não podem voar.