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Aranha armadeira (Phoneutria)

Uma das aranhas mais interessantes do mundo por seu comportamento, tamanho e poder de causar graves acidentes, graças ao seu veneno neurotóxico e cardiotóxico, vive no Brasil e está presente na região sudeste do país e em áreas de Mata Atlântica como as do PEI. Trata-se da Aranha armadeira (Phoneutria). São espécies de aranhas realmente grandes que podem chegar a um comprimento de 16 cm com as pernas abertas e esticadas.

Apesar da força do seu veneno e do nome Phoneutria, do grego, que significa assassina, os casos registrados de óbitos por acidentes com picadas são muito raros, mas causam dor muito forte e imediata. A maioria dos casos registrados são considerados leves. Nestes casos o tratamento se resume ao uso de analgésicos e anestésicos. Nos casos moderados e graves, que apresentam grandes alterações na pressão arterial, com taquicardia e bradicardia, é necessário a aplicação de soro antiaracnídeo e cuidados médicos.

Das quase 50 mil espécies de aranhas existentes no mundo, pelo menos um décimo pode ser encontrado no Brasil. Desse total, somente quatro gêneros têm espécies com potencial para provocar acidentes graves em seres humanos e três desses gêneros ocorrem aqui com cerca de 30 espécies.

Um dos exemplares mais encontrados no Sul e Sudeste é a espécie Phoneutria nigriventer. Essas aranhas apresentam coloração marrom com manchas claras no dorso do abdômen e duas faixas escuras divergentes na face. Possuem pequenas manchas brancas nas pernas, de onde saem espinhos negros. Os machos têm as pernas mais longas e finas e o abdômen menor do que as fêmeas.

As oito espécies conhecidas de armadeiras são encontradas no Brasil. Estão associadas a áreas florestadas ou matas ciliares. Três espécies são amazônicas e cinco ocorrem em outras regiões.

Além de aranha-armadeira, a Phoneutria é conhecida pelos nomes de aranha-macaco ou aranha-de-bananeira, pertencentes à família dos ctenídeos. O nome de armadeira vem da sua atitude de ataque, com as patas dianteiras armadas e erguidas em direção ao oponente. Essa atitude é acompanhada pelas cores vermelhas das quelíceras e o contraste entre o laranja, o preto e o branco do seu corpo e pernas, que são cores de advertência.

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