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Calor extremo impacta áreas de Mata Atlântica

O ano de 2024 é considerado o mais quente da história do Brasil, segundo levantamento feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária. O aquecimento global, aos poucos, começa a ser percebido fora dos laboratórios de pesquisa. Temperaturas extremas começam a fazer a parte do cotidiano das pessoas e impactarão a vida nas florestas e nas grandes cidades. O Parque Ecológico Imigrante (PEI) e a Mata Atlântica, onde ele está inserido, estão entre as áreas que podem ser prejudicadas.

O  Sul e Sudeste do país tem enfrentado ondas de calor extremos no último mês. Em algumas regiões a temperatura atingiu 44º. De acordo com Davi Costa, biólogo e gerente operacional do parque, “a impressão que dá é que estamos vivendo os extremos, ou seja, quando faz calor, frio ou quando chove, todos esses eventos parecem destoar de algo razoável. A neblina, característica aqui da região do Riacho Grande, ainda se mantém, me parece, com a frequência inalterada”, explica Costa.

No levantamento, o Inmet registrou média de 25,02°C, 0,79°C acima da média histórica, que é de 24,23°C. Em janeiro, o órgão divulgou o ranking com as maiores médias de temperaturas medidas desde 1961 e, 2024, ficou em primeiro lugar. A tendência é que 2025 supere o registrado.

O microclima da Serra do Mar, em São Paulo, sempre foi caracterizado por um clima tropical de altitude, com temperaturas amenas, umidade elevada e chuvas abundantes, mas se o panorama climático não mudar, essas características poderão fazer parte de um passado distante. Na região, diferente da cidade de São Paulo, em épocas de temperaturas mais frias, ainda é comum a formação de nevoeiros, orvalho e geada.

Com foco no combate às mudanças climáticas, em novembro, o estado do Pará se prepara para receber a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém.

Entre os principais temas a serem debatidos no evento estarão a redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono; preservação de florestas e biodiversidade; e justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.

De acordo com a organização da COP30, “a conferência representa uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade global”. O evento permitirá ao país demonstrar seus esforços em áreas como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, além de reforçar sua atuação histórica em processos multilaterais, como na Eco-92 e na Rio+20.

ilustração vgr assistida por IA

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