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Cobiçada e em extinção, a canela-preta alcança mais de 300 anos

Presente na Mata Atlântica de São Paulo, de Santa Catarina até o Rio Grande do Sul, encontramos a canela-preta (ocotea catharinensis). Essa bela árvore nativa, com grande importância histórica durante quatro séculos de urbanização, fornecia a  madeira mais querida pelos colonizadores para vigas, caibros e tábuas.

Ameaçada de extinção, a madeira de canela preta foi extremamente procurada por imigrantes e depois pela indústria por ser muito durável e própria para fazer móveis e construção de casas. Grande parte das raras casas rurais coloniais do estado de São Paulo, ainda existentes, como a Casa Bandeirista do Butantã, a Casa do Tatuapé e o Sítio Morrinhos têm ou teve a árvore no seu madeiramento. Hoje muito rara na cidade, está restrita a poucas florestas urbanas como a Serra da Cantareira, e é uma espécie presente na Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção do IBAMA.

A canela preta cresce muito lentamente. Uma árvore com mais de um metro de diâmetro tem idade superior a 300 anos. As principais características da espécie são a cor escura do tronco, o cheiro e as folhas alternadas. A árvore se adapta bem no clima tropical quente, em áreas de floresta litorânea, com bastante umidade. Para seu reconhecimento na mata deve-se observar as placas descamantes que deixam concavidades no tronco quando destacadas  juntamente com a presença de lenticelas, que apresentam-se como pequenas protuberâncias (semelhantes a verrugas) de distribuição mais ou menos homogênea na casca.

A canela-preta precisa ser mais plantada, tanto pelo seu importante aspecto histórico-cultural, quanto por sua beleza e indicação para áreas urbanas. Além do que é atraída por grande quantidade de pássaros, ávidos por seus frutos e que ao se alimentaram acabam por favorecer a dispersão da espécie.

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