Blog Educação Ambiental, Acessibilidade
e Inclusão Social

< Voltar

Com o inverno, volta o risco da seca

O inverno no sudeste brasileiro é um dos períodos de maior seca e de alerta para apertarmos ainda mais os cintos no consumo de água. É a época do ano em que os mananciais que abastecem as cidades da grande São Paulo beiram o colapso e que em anos passados chegamos próximos de acontecer o pior, faltar água em uma região com cerca de 20 milhões de habitantes. Mas afinal, como florestas como as do Parque Ecológico Imigrantes (PEI) ajudam a combater a seca?

A Mata Atlântica do parque desempenha papel crucial na regulação do clima, atuando de várias formas para manter o equilíbrio hídrico e ambiental. Entre esses mecanismos, destaque para a infiltração de água no solo, onde as raízes das árvores e a vegetação facilitam a absorção da água da chuva, permitindo que ela se infiltre no solo e recarregue os lençóis freáticos.

Uma das maiores secas enfrentadas na Região Metropolitana de São Paulo nos últimos anos aconteceu entre 2014 e 2015. Foi considerada a pior crise em 80 anos em termos de impacto no abastecimento de água. Neste período, o Sistema Cantareira (conjunto de reservatórios da região) atingiu apenas 5% de sua capacidade, obrigando a Sabesp a usar o “volume morto” (água abaixo do nível normal de captação).

Por esse motivo a preservação de áreas da Mata Atlântica na região são fundamentais para, entre outros aspectos, fazer a manutenção da umidade do ar, com a transpiração das árvores, que liberam vapor d’água e aumentam a umidade do ar. Isso contribui  para a formação de nuvens e chuvas locais.

A sombra das árvores também reduz a evaporação direta da água do solo, mantendo-o úmido por mais tempo e protegido. A matéria orgânica (folhas e decomposição) melhora a estrutura do solo, aumentando sua capacidade de reter água.

Além disso, as florestas como as do PEI previnem a desertificação, com a estabilização do solo, que impede que ele se torne árido e infértil − processo comum em áreas desmatadas sob secas prolongadas. O parque também promove o sequestro de carbono e regulação climática, absorvendo CO₂, o que reduz o efeito estufa e ajuda a combater as mudanças climáticas.

< Voltar