
Gabiroba, faz parte da cultura das comunidades indígenas e tradicionais
Uma fruta muito conhecida nas regiões de Mata Atlântica da Serra do Mar, principalmente no litoral sul de São Paulo, é a gabiroba, também conhecida como “Guavira”. É nativa da região, mas também ocorre no Cerrado e na Amazônia.
Com um sabor doce e levemente ácido, a gabiroba é considerada por comunidades tradicionais e amantes da flora nativa uma das delícias da biodiversidade brasileira, mas é ainda pouco conhecida e apreciada pela população em geral.
Trata-se de uma pequena fruta amarelo-esverdeada, redonda ou ovalada e que possui casca fina e polpa suculenta. Contendo várias sementes pequenas, seu aroma lembra uma mistura de erva-doce com frutas cítricas.
A árvore que a produz, a gabirobeira, pode alcançar até 15 metros de altura e é comum em áreas de floresta e bordas de matas. O nome “gabiroba” vem do tupi-guarani e significa “casca amarga”. A fruta é parente da goiaba e da jabuticaba, pertencendo à família Myrtaceae.
Além de ser consumida in natura, a gabiroba é utilizada na preparação de sucos, geleias, licores e sorvetes. Na medicina popular, suas folhas e cascas são empregadas em chás com propriedades antiinflamatórias, diuréticas e digestivas. A fruta também é rica em vitamina C, antioxidantes e minerais, contribuindo para a saúde imunológica e a prevenção de doenças.
A gabiroba desempenha um papel fundamental na Mata Atlântica, servindo de alimento para aves, mamíferos e insetos, ajudando na dispersão de sementes e na manutenção do equilíbrio ecológico. Para comunidades indígenas e ribeirinhas, a fruta faz parte da alimentação e da cultura, sendo colhida de forma extrativista sustentável.
Foto: SnappygoatCCommons
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