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Jardim Polinizador começa a ganhar forma

Um jardim que faz bem aos olhos e ao planeta. Com as cores, perfume e formas exuberantes das flores, o Jardim Polinizador do PEI começa a ganhar vida pelas mãos de Manuel Crepardo Batista, de 23 anos. Morador da região do Pós-Balsa, em São Bernardo do Campo, há 4 anos ele faz parte da equipe de manutenção do parque e cuida para que espaço se torne um oásis para as abelhas. As plantas já começaram a crescer e estão mudando os ares do local.

A concepção do projeto foi realizada no âmbito da parceria do parque com o Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da Unifesp – Campus Diadema. O jardim terá espécies de flores melitófilas (polinizadas por abelhas), que serão plantadas no entorno e na mandala da rosa dos ventos − próxima do viveiro de mudas e do outdoor do parque, no alto do morro.

“Estamos cuidando do jardim com todo carinho e o protegendo das pragas para que as flores se desenvolvam e sejam um bom lugar para convívio das abelhas e de outros insetos. O jardim será importante para mostrar para as crianças que as abelhas são fundamentais para a nossa sobrevivência no planeta”, ressalta Batista.

Ao lado da instalação, será implantado o meliponário com colônias de abelhas sem ferrão − na maioria melíponas − e um hotel para abelhas solitárias. O projeto contempla também a construção de uma horta, um bebedouro para pássaros e a instalação de mobiliário com pergolado e bancos hexagonais e meia lua para os visitantes (proporcionando desse modo, um espaço de contemplação).

De acordo com a professora da Unifesp, Michelle Manfrini Vátimo, “o projeto aborda o que chamamos de paisagismo funcional, o qual está alinhado a um novo paradigma do paisagismo contemporâneo, que é de ser mais interativo e dinâmico. Dessa forma, o jardim busca uma aliança entre a natureza, a arte, a beleza e a técnica. Ou seja, diante dos dilemas ambientais que enfrentamos, o jardim aliará o paisagismo a um viés ecológico e atrairá a fauna silvestre para o contato com o observador

A instalação cumprirá uma importante função ambiental para a polinização também de plantações − essenciais para o desenvolvimento de florestas e produção de alimentos. Além disso, será uma ferramenta incrível de educação ambiental para as futuras gerações. Entre as espécies de plantas presentes estão a lavanda, onze horas, o cacto, margarida, rosa perpétua, gerânios, alho social, grama amendoim, lírios, entre outras.

A coordenação do projeto fica por conta das professoras Michelle Vátimo e Fabiana Casarin e conta com a participação das alunas de mestrado Juliana Abud Quagliano, Lais Calpacci Araujo e Patricia Miranda Pinto. Além das biólogas envolvidas, o grupo contou com a participação da arquiteta Bianca Marini Jordão, a qual que colaborou na execução do projeto.

Também está prevista a criação de fichas que auxiliarão a identificação das regiões por estado de ocorrências das plantas, com nome científico, época de floração e possíveis polinizadores. Além de fichas com identificação de abelhas, com o nome científico, fotos, informações e o estado de ocorrência das espécies.

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