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Você sabe como funcionam os viveiros de espécies nativas?

Foto: Fotoarte vgr

A sociedade precisa dar uma resposta contundente às perdas que os biomas brasileiros vêm enfrentando por causa das queimadas florestais. Os viveiros de plantas nativas são importantes ferramentas de restauro de áreas florestais degradadas. As mudas são utilizadas em projetos de reflorestamento, recuperação ambiental, paisagismo sustentável e conservação de espécies nativas. A ideia é reavivar áreas impactadas ou preservar e promover a biodiversidade local.

Com o projeto Sementes de Valor, o Parque Ecológico Imigrantes pretende expandir as fronteiras e oferecer ao poder público e privado o serviço de reflorestamento de áreas degradadas tendo como ponto de partida mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e de outros biomas brasileiros.

O parque projeta criar uma nova estrutura no local que terá a capacidade de produzir 6.210 mudas por ciclo, com uma média de quatro meses por ciclo, totalizando cerca de 20.000 mudas anuais. O material básico a ser utilizado será de bandejas com 54 células, cada uma contendo tubetes de 290 ml.

As plantas nativas geralmente exigem menos água e cuidados quando plantadas em seu ambiente natural, pois estão adaptadas às condições locais. Mas você sabe como funcionam os viveiros? Confira as etapas do processo:

1.Coleta de sementes

A primeira etapa é a coleta de sementes ou material vegetal das plantas nativas em seu habitat natural. Essa coleta é feita de maneira cuidadosa para garantir que as populações naturais não sejam prejudicadas e que haja diversidade genética.

2.Tratamento de sementes

Muitas sementes de plantas nativas precisam de tratamentos especiais para germinar, como escarificação (quebra da casca), estratificação (exposição a temperaturas controladas) ou imersão em água. Esse processo imita as condições naturais que facilitam a germinação.

3. Germinação

As sementes são colocadas em condições adequadas de temperatura, luz e umidade para germinar. Isso pode ser feito em bandejas de germinação, estufas ou em outros ambientes controlados.

4. Transplante para recipientes

Quando as mudas atingem um determinado tamanho, elas são transplantadas para recipientes maiores, como saquinhos plásticos ou tubetes. Nesse estágio, são usados substratos específicos, que fornecem os nutrientes adequados para o desenvolvimento das plantas.

5. Crescimento e manejo

Durante o processo de crescimento, as plantas recebem cuidados constantes, como irrigação, controle de pragas e doenças, poda e adubação, para garantir que se desenvolvam de forma saudável. Os viveiros podem usar técnicas de cultivo que imitam o ambiente natural das plantas para prepará-las melhor para o plantio em áreas externas.

6. Endurecimento

Antes do plantio em campo, as plantas passam por um processo de aclimatação, conhecido como endurecimento. Elas são gradualmente expostas a condições mais difíceis, como menor irrigação e temperaturas externas, para que fiquem mais resistentes ao transplante definitivo.

7.Distribuição ou plantio

As mudas já adaptadas são distribuídas para projetos de restauração de áreas degradadas, reflorestamento ou vendidos para empresas e particulares interessados em manter ou expandir a vegetação nativa.

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