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Louva-a-deus: um inseto com muitas facetas

foto: Ruraltec TV

Louva-a-deus: um inseto com muitas facetas

Conhecido com louva-a-deus, louva-deus ou cavalinho-de-deus são insetos pertencentes à Ordem Mantodea (do grego mantis = profeta; eidos = aparência).   Por isso seu nome popular decorre do fato de que, quando está pousado, as pernas anteriores remetem à posição das mãos em oração. O mais conhecido é de coloração verde, mas há grande variedade de formas e cores dentro do grupo, geralmente associados às estratégias de camuflagem e à mimetização em flores, folhas secas, galhos, musgos, troncos e até pedras. Os estudos indicam que existem cerca de 2 400 espécies, 430 gêneros e 15 famílias, a maioria dos quais em ambiente tropical e subtropical como a Mata Atlântica.

Esses insetos com aspecto de alienígenas se limpam quase compulsivamente. Sua cabeça é triangular, têm seis pernas, sendo que as duas dianteiras são preparadas para rapidamente agarrar suas presas. É único inseto que pode dar um giro de 180 graus com a cabeça e, pelo que se sabe, também enxerga em 3D. Quando está em perigo, finge-se de morto. Geralmente, apenas os machos podem voar e vivem cerca de um ano, o que é muito para um inseto.

Os louva-a-deus são predadores agressivos que caçam principalmente insetos como moscas, mariposas, borboletas, grilos e gafanhotos, além de lagartos, pequenos pássaros e até pequenos mamíferos. A sua voracidade leva a que sejam considerados muito bem vindos pelos amantes da jardinagem e agricultura biológica, uma vez que, na ausência de pesticidas, são um fator importante no controle de pragas de jardim.

Após o acasalamento, a fêmea pode devorar a cabeça do macho. As razões para essa prática são constantemente debatidas. Alguns estudos dizem que as fêmeas que apresentam dietas de baixa qualidade têm uma chance maior de praticar o canibalismo sexual em comparação com os machos que apresentam dietas de alta qualidade. Outros experimentos dizem que essa prática garante às fêmeas que a praticam uma maior produção de ovos comparadas com as que não consomem seus parceiros.

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