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O Meio Ambiente abraça o PEI

O Parque Ecológico Imigrantes (PEI) é um exemplo de implantação sustentável, onde a infraestrutura, os espaços de convivência, trilhas, caminhos e pontes dialogam com a natureza.  A harmonia entre os elementos da Mata Atlântica e as instalações do PEI, concebidas para servirem como centro de referência em educação ambiental, cumprem papel fundamental na aproximação entre humanos e a fauna e flora presente no ecossistema da região. Nesses três anos após abertura para visitação do público, é perceptível a evolução da simbiose entre o parque e o Meio Ambiente, com a presença e aproximação de espécies animais e o desenvolvimento da flora.

“Nossa missão diária é manter essa integração cada vez mais firme e forte, incluindo nesse contexto, o pilar da acessibilidade, onde por meio do nosso trabalho, é possível proporcionar o contato de pessoas com necessidades especiais e idosos com a Mata Atlântica. Inclusive, estamos direcionando esforços durante a pandemia para desenvolver atrativos que espelham essa integração”, ressalta Margarete Koga, gerente operacional do PEI.

A marcas deixadas por animais em árvores, na passarela ou nas trilhas ou até mesmo os flagrantes registrados por fotos feitas por visitantes ou colaboradores, aumentam a sensação de que a fauna local tem se sentido cada vez mais segura e confiante com a presença do parque.

“As maiores evidências – pegadas e fotos da câmera trap – são de veados catingueiros, quatis e tatus. Mas acreditamos que a proximidade dessas espécies pode estar atraindo também felinos. Sem contar, que temos a presença constante de lagartos teiú, cágados, serpentes, macacos bugio e das antas”, explica Koga. Muitas vezes os animais se aproximam em busca da água dos pequenos lagos artificiais ou de abrigo da chuva e do sol embaixo da passarela elevada. Ao mesmo tempo, as espécies de flora abraçam a passarela e moldam o seu crescimento, tendo a presença da estrutura como companhia. Nas trilhas, é possível flagrar o amadurecimento da floresta que se desenvolve em harmonia com os visitantes.

Sem contar a grande diversidade de grupos de insetos que se multiplicam e são de extrema importância no desenvolvimento ecológico do parque. Eles servem de alimento para mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. Muitos deles são polinizadores, como as borboletas e as abelhas, e são fundamentais para a reprodução de algumas plantas, transferindo o grão de pólen de uma planta para outra e garantindo sua fecundação.

“É muito alentador e gratificante acompanhar o crescimento da vegetação, especialmente no entorno da passarela. Estamos ainda na floração dos manacás da serra, que dão um colorido muito especial ao PEI, que também pode ser apreciado no percurso da Rodovia dos Imigrantes”, relata Koga.

Um dos aspectos mais importantes dessa integração entre ambiente construído e natural foi a preocupação do PEI em pensar nas medidas construtivas e arquitetônicas sustentáveis desde a fase inicial, de concepção do projeto. Todo esse processo ganhou um reconhecimento internacional e o parque conquistou a certificação, de origem francesa, AQUA-HQE (Alta Qualidade Ambiental), aplicada no Brasil, pela Fundação Vanzolini.

No dia a dia, o parque tem testemunhado o crescimento, ao redor da passarela, de árvores da espécie embaúba e pés de araçás – que inclusive estão carregados. Tudo isso mostra que o monitoramento, somado à correta manutenção e cuidados e às visitações monitoradas constituem um processo perfeito para elevar o grau de relacionamento entre o homem e a natureza.

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