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Sistema de tratamento de efluentes em banheiro ecológico

A educação ambiental está em todos os lugares do Parque Ecológico Imigrantes. Para onde o visitante direcionar o seu olhar é possível aprender algo sobre como melhorar o relacionamento entre o homem e o meio ambiente. A mais nova implantação é o banheiro ecológico construído com base no sistema de Fossa Séptica Biodigestora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A tecnologia concebida que trata o esgoto do vaso sanitário (a água com urina e fezes humanas) é de fácil instalação e custo acessível. Além disso, produz um efluente que pode ser utilizado no solo como fertilizante (recomendado para plantas perenes).

O sanitário foi construído aproveitando a estrutura do elevador funicular. O local escolhido é estratégico para o PEI, já que o banheiro ficará entre os futuros espaços multiusos que o parque programa construir para a realização de palestras, cursos, seminários e onde será o local de ponto de apoio para os pesquisadores que fazem as incursões na mata.

Esse sanitário nasce para mostrar que é possível ter uma solução saudável e ambientalmente correta. A partir dessa iniciativa o parque planeja apoiar, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente de São Bernardo do Campo e empresas do setor privado, modelos de políticas públicas para a expansão do uso desse sistema na região do Pós-Balsa. Uma área carente de saneamento básico.

De acordo com Márcio Takiguchi, diretor do PEI, “a ideia é fomentar junto às populações de baixa renda uma solução barata, segura, saudável e altamente sustentável. Um modelo realmente amigo do meio ambiente e da saúde”, ressalta.

De acordo com o biólogo e monitor do PEI, Davi Costa, a Fossa Séptica Biodigestora “é um sistema que não gera odores desagradáveis, não procria ratos, moscas, baratas e ainda evita a contaminação do lençol freático. O sistema devolve para o solo uma água tratada sem risco de contaminação para a natureza”.

O sistema básico da Embrapa, dimensionado para uma residência com até 5 moradores, é composto por três caixas interligadas e a única manutenção é adicionar mensalmente uma mistura de água e esterco bovino fresco (5 litros de cada).

De acordo com o órgão do governo, a solução é uma alternativa frente à falta de saneamento básico em algumas regiões rurais, o que afeta diretamente a saúde do morador do campo; evita a contaminação do solo e da água consumida pelos moradores (os resíduos não chegam ao lençol freático e aos rios que abastecem as cidades), além da proliferação de doenças.

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