Bolsa de Valores fará 1º registro de projeto de carbono na Mata Atlântica
Ilustração vgr
A bolsa de valores, B3, está preparando sua estrutura para comercializar créditos de carbono como, também, registrar os projetos geradores dos créditos, além dos próprios ativos. A primeira metodologia aprovada para ser registrada no sistema e comercializada é a da empresa brasileira PSA Carbonflor.
Lançada há exato um ano, a partir da legislação que regulamenta o pagamento por serviços ambientais e reconhece que a natureza realiza atividades ecossistêmicas essenciais para a manutenção da vida na Terra (Lei nº 14.119/2021), o PSA Carbonflor já foi testado no Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica, no Brasil, localizada no interior paulista e administrada pela Reservas Votorantim.
O potencial de geração de créditos Carbono Plus (C+), como foi batizado o título, é de 1,7 milhão de créditos C+ em 100 anos, equivalente a uma remoção de 1,7 milhão de toneladas de GEE. O escritório de advocacia Pinheiro Neto foi o primeiro comprador desses créditos, em negociação direta.
A novidade agora é que a bolsa quer servir como o primeiro lugar do registro dos créditos e, mais do que isso, de suas metodologias e projetos, expandindo a capacidade de atuação no mercado de carbono.
De acordo com Leonardo Betanho, superintendente de Produtos de Balcão da B3, “a metodologia usada para emitir os créditos precisa ser registrada em algum lugar, assim como os projetos que geram os produtos. Isso exige uma estrutura robusta de armazenamento de dados e segurança de informação. Onde a B3 se diferencia é que consegue usar seu sistema robusto para isso e, a partir da integração com a plataforma da ACX, poderá oferecer os créditos que aqui estiverem registrados ao mercado financeiro e de capitais”.
Fonte: Um só Planeta/Jornal Valor Econômico
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