
Cuidado: animal na pista! A imprudência pode ser fatal
Foto: Divulgação Cart
O Parque Ecológico Imigrantes (PEI), assim como outros parques e áreas de preservação permanente ou propriedades rurais, cercados ou cortados por rodovias, possui convivência marcada por acidentes, às vezes fatais para os usuários das vias, mas quase sempre cruéis para os animais silvestres e domésticos que morrem vítimas de atropelamentos. Por esse motivo, é importante reduzir a velocidade em locais onde a sinalização da via indique a possível presença de animais.
Segundo levantamento da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, 475 milhões de animais são atropelados a cada ano no Brasil. Dois milhões são de grande porte e os acidentes com animais na pista representam 10% das ocorrências de acidente por ano nas estradas.
“É uma zona de conflito. O importante, nesses casos, são os órgãos governamentais, como as agências de transportes e concessionárias, tomarem medidas para tentar minimizar o problema. Uma das soluções são as chamadas passagens de fauna, subterrâneas ou elevadas, conforme o animal que se pretende favorecer”, explica o biólogo do PEI, Bruno Barbanti.
Os riscos são para animais e humanos. Em áreas verdes preservadas pode haver a presença de animais de grande porte como as antas, por exemplo, que podem chegar a 300 kg. O atropelamento de um animal desse tamanho por um automóvel em alta velocidade pode ser fatal à todos envolvidos.
De acordo com Viviane Riveli, coordenadora de segurança da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), em depoimento gravado para a EcoRodovias, afirma que “estão trabalhando junto com as concessionárias para fazer todo o manejo para adequar as passagens dos animais para que não cruzem a rodovia dentro de suas áreas de preservação. Com relação aos bichos domésticos, existem muitas pessoas que os abandonam. Nesse caso, as pessoas que os abandonam próximos ou nas rodovias, podem causar graves acidentes.
O gerente de atendimento ao usuário da Ecovias, Christian Tanimoto, orienta ao usuário que estiver trafegando na rodovia e visualizar algum animal, que a primeira ação a tomar é “olhar no retrovisor e reduzir a velocidade para realizar uma manobra segura. Se o motorista estiver com um passageiro, peça para ele entrar em contato por telefone, com a Polícia Rodoviária ou com a Concessionária da rodovia, para que possam fazer uma operação segura para retirar o animal da situação de risco”.
Onde as rodovias margeiam ou atravessam áreas de parques ou de proteção ambiental é comum constar as placas indicando a possibilidade de travessia de animais silvestres na pista. Já nas margens de rodovias onde existem áreas com a presença de propriedades rurais, principalmente em estradas vicinais, é obrigatório que as agências de transportes municipais, estaduais e federais sinalizem o local com placas específicas para que os usuários saibam dos riscos, diminuam a velocidade e pratiquem uma direção preventiva.
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