
Teiú-Guaçu, lagarto grande
Quando o sol quente “racha” o céu do PEI é o momento dos Teiús saírem da toca. Os chamados Lagartos Tupinambis (em referência aos índios tupinambás) receberam esse nome científico por um erro de interpretação do texto em latim, de 1648, no livro História Natural do Brasil, dos autores holandeses Guilherme Piso e João de Laet e dos alemães George Marcgraf e H. Gralitziosem. O correto, na língua indígena, é Teiú-Guaçu (Lagarto Grande), pois podem medir até 2m de comprimento.

Foto: Júlio Sian.
O gramado em frente ao portal de entrada do parque é o local predileto de uma família de Teiús que observa os visitantes no início dos passeios. A estrutura da passarela pode estar servindo como abrigo para que essa família de lagartos coloque os ovos em segurança, é o que deduz o biólogo do PEI, Bruno Barbanti. “Os lagartos são ovíparos e os ovos podem ser atacados por algumas serpentes e animais de pequeno porte como ratos e gambás”.
Segundo maior réptil do Brasil, os Teiús só são menores que as Iguanas. Os machos são maiores que as fêmeas. Com dentes e mandíbulas fortes, são predadores oportunistas, se alimentam de quase tudo, ovos, vegetais, outros vertebrados, restos de animais e ratos.
O Tupinambis é a espécie de réptil mais avistada no parque. Segundo Barbanti, “esse lagarto é um importante dispersor de sementes da Mata Atlântica. São ectotérmicos ou seja, necessitam de calor externo para manter sua temperatura corpórea e processos metabólicos, por isso são constantemente vistos em áreas abertas tomando sol. Costumam ser animais assustados e pacíficos que fogem ao perceber a presença humana”.

Foto: site Bichos Brasil