Uma floresta rica em diversidade

O Parque Ecológico Imigrantes (PEI) é parte de algo muito maior que permite o mundo funcionar, a chamada biodiversidade. Para se ter uma ideia, só na Mata Atlântica coabitam 250 espécies de mamíferos, 1020 de pássaros, 197 de répteis, 340 de anfíbios e 350 de peixes que integram esse fantástico bioma, sem contar os insetos e demais invertebrados. Mas a biodiversidade na região do parque não está completa sem os seres humanos e a necessidade que temos de segurança alimentar, medicamentos, ar fresco, água, abrigo e um ambiente limpo e saudável para viver.

A biodiversidade da região, se comparada proporcionalmente com a Floresta Amazônica, apresenta maior diversidade biológica. A Mata Atlântica abriga mais de 20 mil espécies de plantas, das quais 8 mil são endêmicas, ou seja, espécies que não existem em nenhum outro lugar do Planeta. É a floresta mais rica do mundo em diversidade de árvores. No sul da Bahia, foram identificadas 454 espécies distintas em um só hectare.

O local onde está o PEI é considerado um hotspot, ou seja, uma área do planeta rica em biodiversidade, mas altamente ameaçada. Dos animais que compõem essa linda fauna podemos citar o macaco bugio; sapo-pingo-de-ouro; porco-do-mato; pintor-verdadeiro; macuco; anta; onça-pintada; harpia; tucano; papagaio-de-cara-roxa; muriqui; e sabiá-laranjeira.

Em São Bernardo do Campo, onde está localizado o PEI, a Floresta Ombrófila Densa é preponderante na região. Um ecossistema que possui vegetação composta essencialmente por árvores e é característica de regiões tropicais de temperatura elevada e altos índices de chuvas sem períodos secos (temperatura média de 25°C e 0 a 60 dias secos por ano) (SMA/IF, 2005).

Cerca de 120 milhões de pessoas vivem em regiões onde prevalecia a Mata Atlântica. É quase 70% da população brasileira que precisam cuidar e preservar as florestas e demais ecossistemas que compõem a Mata Atlântica. Essas florestas são responsáveis pela produção, regulação e abastecimento de água; regulação e equilíbrio climáticos; proteção de encostas e atenuação de desastres; fertilidade e proteção do solo; produção de alimentos, madeira, fibras, óleos e remédios; além de proporcionar paisagens cênicas e preservar um patrimônio histórico e cultural imenso.

Composta por um conjunto de ecossistemas, que incluem as faixas litorâneas do Atlântico, com seus manguezais e restingas, florestas de baixada e de encosta da Serra do Mar, florestas interioranas, as matas de araucárias e os campos de altitude, a Mata Atlântica nas regiões Sudeste e Sul chega a atingir a Argentina e o Paraguai.

Hoje, devido a uma série de fatores, que incluem, por exemplo, a atividade humana, restam, segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, apenas 12,4% da floresta que existia originalmente. O Brasil ocupa quase metade da América do Sul e é o país com a maior biodiversidade do mundo. São mais de 116.000 espécies animais e mais de 46.000 espécies vegetais conhecidas no País, espalhadas pelos seis biomas terrestres e três grandes ecossistemas marinhos.

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