Manacá-da-serra: as flores do verão
A palavra manacá tem origem tupi e significa linda flor. Sua florada acontece no Parque Ecológico Imigrantes (PEI) entre os meses de novembro e março. É nessa época que a passarela elevada do parque fica ainda mais exuberante. Um cenário de beleza onde as cores branco, rosa e roxo se misturam ao verde intenso da abundante e diversa flora da Mata Atlântica.
A mutação das cores de cada flor serve de conteúdo para as explanações dos monitores do parque. Nos passeios eles explicam como essa mutação acontece. A flor quando está branca sinaliza aos insetos que se abriu recentemente e, naquele momento, possui maior oferta de néctar. Conforme vão sendo polinizadas, as pétalas das flores mudam de cor, passando para o rosa até chegar ao roxo, quando o néctar chega ao fim.
Por esse motivo, essas espécies de plantas levam o nome de pleroma mutabile. No caso, o epíteto se refere à essa mudança da cor. É uma árvore pioneira da Mata Atlântica brasileira, muito característica da encosta úmida da Serra do Mar, da floresta ombrófila densa dos estados do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Ocorre quase exclusivamente em matas secundárias, onde chega a ser a espécie dominante. Pode atingir até 12 metros de altura e o diâmetro de seu tronco, 30 centímetros. Suas folhas são rijas. Normalmente as sementes, de dispersão anemocórica, precisam entre 10 e 20 dias para germinarem.
A visita ao PEI oferece um conjunto de sinais da natureza que aguçam todos os sentidos. No começo do passeio, ainda próximo ao portal de entrada, é possível ter uma visão panorâmica do parque, onde o verde da floresta divide ao meio a imagem do horizonte com o azul do céu. A imagem desse cenário já causa um importante efeito positivo para os visitantes.
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