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Meliponário agora é Pró-Mel SBC

A parceria entre o Parque Ecológico Imigrantes (PEI) e a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Campus Diadema, chamada Projeto Meliponário, nasceu para incentivar a inclusão social, preservação do meio ambiente e segurança alimentar por meio da Meliponicultura em comunidades carentes. Com a necessidade da inclusão da dimensão econômica como um dos atributos da iniciativa, o Rotary Club de São Bernardo do Campo e o Centro de Formação e Integração Social – CAMP SBC formalizaram apoio ao projeto com a missão de capacitar pessoas para transformarem o conhecimento adquirido em alternativa de renda, sustentabilidade econômica e autonomia social. Agora, com a tríade meio ambiente, pesquisa e voluntariado nasce o programa Pró-Mel SBC.

 

 

Uma ferramenta de conscientização sobre a importância de preservação do bioma local e das populações de abelhas nativas, sem ferrão é o que pretende se tornar o Pró-Mel SBC. Esse processo se dará por meio da ação social que visa capacitar como meliponicultores as pessoas das comunidades carentes que vivem na cidade de São Bernardo do Campo, tendo como projeto piloto os moradores do Bairro Santa Cruz, região denominada de “Pós-Balsa”, no entorno do PEI. O objetivo é que consigam ter uma fonte de geração de renda complementar.

A amplitude da iniciativa, Pró-Mel SBC, cumpre com pelo menos 10 dos 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, entre eles, o da erradicação da pobreza; educação de qualidade; emprego digno e crescimento econômico; redução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; e combate às alterações climáticas.

Segundo Márcio Koiti Takiguchi, diretor do PEI, “a ideia é contribuir com o aumento da conscientização ambiental, preservação da natureza, geração de renda e capacitação profissional de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade”. O Pró-Mel SBC está em completa consonância com o apelo universal à ação para acabar com a pobreza, proteger o planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz e prosperidade.

Para dar início ao projeto o Rotary Club São Bernardo do Campo doou os equipamentos e as colmeias que estão sendo tratadas no Campus da UNIFESP em Diadema. O objetivo é que após o treinamento e capacitação, as instituições envolvidas no projeto forneçam apoio para que os participantes possam obter as licenças governamentais necessárias a fim de que estes se tornem produtores e comercializem o mel com a devida segurança alimentar.

Para Eduardo Moretti, Presidente do Rotary Club São Bernardo do Campo, gestão 2020-2021, o Pró-Mel SBC alinha-se de forma cabal com algumas das propostas do Rotary Internacional que são geração de renda, emprego e preservação do meio ambiente.

“Ao lado de outros agentes polinizadores, as abelhas nativas ajudam na reprodução da flora e na produção de vegetais por meio da polinização cruzada. Um serviço ecológico para a conservação dos ecossistemas e no desenvolvimento da agricultura e produção de alimentos”, explica a professora Fabiana E. Casarin, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da UNIFESP.

A introdução e manejo das abelhas nativas são importantes para o equilíbrio ambiental. O Brasil possui cerca de 400 espécies de abelhas nativas, entre as principais estão a Jataí, Mandaçaia, Manduri e Uruçu.

Segundo Luiz Antonio Novi, presidente do CAMP SBC, o grande mote dessa iniciativa é promover o empreendedorismo. São infinitas as possibilidades do projeto nesse sentido, mas principalmente para aqueles que serão assistidos, terão a possibilidade de criar uma renda para si trabalhando com as abelhas. Estamos vendo isso acontecer agora com a distribuição e manutenção das colônias para depois buscarmos os resultados”, explica Novi.

As abelhas nativas produzem mel em pouca quantidade, mas um produto mais líquido, saboroso e de melhor qualidade. Com propriedades medicinais, maior valor nutritivo e muito utilizado na alta gastronomia.

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