
O planeta precisa de mais áreas como as do PEI
Ao mesmo tempo em que as grandes economias mundiais precisam diminuir drasticamente a emissão de gases de efeito estufa, as áreas de florestas preservadas e monitoradas contra o desmatamento e as queimadas, como as do Parque Ecológico Imigrantes (PEI), precisam crescer urgentemente em tamanho e número.
Um estudo realizado pelo ex-presidente-executivo da Agência Escocesa de Proteção Ambiental, James Curran, com a ajuda de seu filho Sam Curran, no Reino Unido, mostra que a capacidade de absorção deste gás por plantas e solo, sumidouros naturais de CO2, está diminuindo.
A pesquisa mostra que essa balança entre emissões e sequestro de CO2 precisa ser revertida, já que a capacidade natural da biosfera terrestre de realizar a fotossíntese atingiu o pico em 2008, principalmente em países do hemisfério norte.
O que está acontecendo é que “as concentrações atmosféricas aumentarão mais rapidamente do que antes, em proporção às emissões anuais de CO2, já que o sequestro natural está agora diminuindo em 0,25% ao ano”, explica James.
Para o pesquisador, é necessário um esforço urgente para reconstruir a biodiversidade global e recuperar seus serviços ecossistêmicos, incluindo o sequestro natural.
Segundo o levantamento, o atual incremento atmosférico de +2,5 ppm de CO 2 por ano teria sido de +1,9 ppm de CO 2, se a biosfera tivesse mantido sua taxa de crescimento da década de 1960. De acordo com os autores, esse efeito acelerará as mudanças climáticas e enfatiza a estreita conexão entre o clima e as emergências da natureza.
A conclusão é que as mudanças climáticas progressivas podem prejudicar o crescimento vegetativo – devido a incêndios florestais e a ondas de calor, secas, inundações, tempestades e a disseminação de novas pragas e doenças. Além disso, o derretimento sazonal aprimorado dos solos congelados, da Antártida e Polo Norte, provavelmente emitirá CO2.
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