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Identificação das espécies de abelhas nativas é base de estudo

O levantamento das espécies de abelhas nativas brasileiras, sem ferrão, é um dos destaques do acordo de cooperação técnica entre o Parque Ecológico Imigrantes (PEI) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – Campus Diadema e será a base para o trabalho de conclusão de curso (TCC) do aluno de Licenciatura em Ciências, Yuri Diogo Ribeiro. Os dados coletados pelo aluno durante o processo de identificação das espécies faz parte do grupo de abelhas sociais − os Meliponíneos −, que integram a Meliponicultura

A professora Michelle Manfrini Morais Vatimo explica que a estratégia elaborada para conhecer a variedade de espécies ou a ausência de abelhas na região consiste na colocação de iscas de captura de enxames. Nesse processo foram disponibilizados, em diferentes pontos do PEI, 150 ninhos armadilhas feitos com garrafas PET e que simulam ocos de árvores. “São nesses espaços ocos (como buracos) que as abelhas se instalam, algumas fazem ninhos no chão mas a grande maioria faz nas árvores”, explica Vatimo.

São dois experimentos ocorrendo de forma simultânea. Um que avalia quais são os volumes de ninhos mais atrativos para as espécies. Para isso, foram disponibilizadas garrafas PETs de 1L, 2L e 3L, em conjunto de três garrafas para cada árvore.  Os ninhos são posicionados na vertical, com a boca para cima, onde é encaixado um “cotovelo” feito de tubo de PVC e um funil plástico para proteger. Na entrada do funil, os pesquisadores borrifam uma solução feita de própolis de diferentes espécies, responsável por atrair as abelhas.

O outro experimento visa aferir a atratividade, onde são colocadas duas iscas de mesmo tamanho, de 2L cada, mas somente uma terá o atrativo de própolis. De acordo com a professora Vatimo, não é possível prever se haverá captura de espécies ou, se houver, de quais espécies de abelhas.

“A idade da mata faz diferença nesse processo. Só saberemos exatamente o resultado após um ano quando o experimento acabar. Estamos fazendo as inspeções mensais para verificar se temos alguma espécie e para manter o ritmo do projeto. Por esse motivo o levantamento será realizado em todas estações do ano”, ressalta a professora.

O acordo de cooperação técnica entre o PEI e a Unifesp – Campus Diadema foi formalizado, em abril de 2020, para a elaboração de projetos de pesquisa, efetivação de intercâmbio de informações entre as partes, publicações acadêmicas e cursos compartilhados.

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