
Quem faz acontecer
O Parque Ecológico Imigrantes possui uma infraestrutura que comporta uma passarela elevada, trilhas, lagos artificiais, jardins, gramados, viveiro de mudas, horta orgânica, entre outras atrações. Esse conjunto de elementos precisa de cuidado constante, pois sofre influência de um microambiente bastante específico, o da Serra do Mar. É um local de mudanças climáticas constantes, muitas vezes no mesmo dia. Por isso, o parque conta com uma equipe de manutenção especializada, dedicada e comprometida em fazer do local um ambiente cada vez mais bonito, seguro e bem cuidado.
São ao todo quatro profissionais competentes, Odali Barbosa, Marcos de Moraes, Manoel Baptista e Lourival dos Santos. Seres humanos que carregam em sua história uma forte ligação com a natureza da região. O parque tem como prioridade contratar pessoas que moram no entorno, como forma de contribuir com o desenvolvimento regional e conscientização sobre a importância da preservação do ecossistema local.
Manoel Crepardo Batista é um deles. Morador do bairro Santa Cruz, na região do pós-balsa, conta que: “todo dia quando acordo agradeço a oportunidade de trabalhar no PEI. Desde criança sempre fui amante da mata, sempre gostei de mexer com planta, com terra. Então, para mim, é o trabalho ideal. Eu me sinto a pessoa mais feliz do mundo por trabalhar em um local como esse”.
O trabalho no dia a dia abrange tarefas de contenção das trilhas, com a preservação do traçado, eliminação de poças, buracos, construção de escadas, com degraus feitos com terra e bambu e corrimãos de apoio. Roçadas para a limpeza de áreas, jardinagem, lavagem e manutenção da estrutura da passarela − tudo sempre com água de reuso.
O conservador de trilha, Marcos Oliveira de Moraes, explica que no final das contas todo mundo se ajuda nas tarefas. “É um ambiente de muita amizade e companheirismo”. Ele trabalha praticamente no quintal de casa, onde convive com animais silvestres no trabalho e próximo de casa com as tribos de duas aldeias indígenas, a Tekoa Guyrapaju e Tekoa Kuaray Rexakã (Brilho do Sol). Ele reside no bairro Curucutu, onde convive com áreas de Mata Atlântica e a Represa Billings.
O processo de manutenção do parque está diretamente ligado à segurança dos visitantes. Para José Odali Carlos Barbosa, “a manutenção constante das trilhas é essencial para que os percursos estejam sempre em condições ideais para que os visitantes possam fazer o trajeto sem escorregar ou torcer o pé em buracos e desníveis”.
Lourival dos Santos, ressalta que trabalhar no parque, para ele, é um prazer. “É muito gratificante fazer parte dessa equipe, é um orgulho”, ressalta ele. O grupo trabalha com os equipamentos de segurança (EPIs) e o parque conta com uma oficina equipada com as ferramentas necessárias ao trabalho. O parque procura usar a madeira de árvores que morrem no processo natural, no ciclo de vida, madeira de reuso ou da poda do bambu − plantado justamente para servir de elemento na manutenção das estruturas.
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