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Resultados da parceria com a Unifesp

O Parque Ecológico Imigrantes (PEI) tem sido um importante espaço para a pesquisa de campo realizada por alunos e professores do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Unifesp – Campus Diadema (ICAQF). A parceria, que completa dois anos agora em 2022, tem evoluído e movimentado o parque com incursões de pesquisadores e alunos para a realização de experimentos em períodos diurnos e noturnos. É o PEI abrindo as portas da Mata Atlântica para a ciência brasileira e proporcionado um local seguro e com infraestrutura para que os cientistas possam fazer o seu trabalho.

O início do cronograma de incursões na floresta foi bastante impactado pela pandemia. As atividades começaram a se intensificar com a chegada do verão em 2021 e se estendem agora para o início de 2022. De acordo com a Professora Dra. Fabiana Casarin, “o parque e a Unifesp se preparam para renovar o convênio por mais dois anos nas próximas semanas. Uma ótima notícia para todos”.

“Entre outras ações, o projeto pretende fazer uma parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para que eles nos ajudem a identificar com dados moleculares os pequenos mamíferos do PEI e a diagnosticar a presença de possíveis reservatórios de parasitas nesses animais”, explica a pesquisadora.

Nos últimos meses, entre dezembro e janeiro, foram realizadas diversas saídas de campo para coletas de aranhas, anfíbios, entomofauna da serrapilheira e insetos aéreos. Estes últimos foram coletados com armadilhas pan traps, para, entre outras coisas, fazer o levantamento das espécies de abelhas existentes no parque. Já a coleta dos anfíbios ocorre nesse momento para aproveitar o período de chuvas e o aumento da atividade das espécies.

Entre os principais projetos da parceria estão os estudos sobre a “variação intra e interespecífica na detecção de água de anfíbios anuros: um estudo no gênero Rhinella (família Bufonidae)”, o chamado sapo Cururu. Os estudos fazem parte do mestrado do aluno Luis Fernando Montes Benítez e tem orientação do Professor Carlos Navas, da Universidade de São Paulo (USP) e coorientação do professor da Unifesp, José Eduardo de Carvalho.

Outro destaque é o levantamento das espécies de abelhas nativas brasileiras, sem ferrão, que é coordenado pela professora Michelle Manfrini Morais Vatimo e que será a base para o trabalho de conclusão de curso (TCC) do aluno de Licenciatura em Ciências, Yuri Diogo Ribeiro. Os dados coletados pelo aluno durante o processo de identificação das espécies fazem parte do grupo de abelhas sociais − os Meliponíneos −, que integram a Meliponicultura.

Em paralelo ocorre o projeto Pró-Mel SBC, uma parceria entre o parque, a Unifesp, o Rotary Club de São Bernardo do Campo e o Centro de Formação e Integração Social – CAMP SBC. O objetivo é incentivar a inclusão social, preservação do meio ambiente e segurança alimentar por meio da Meliponicultura em comunidades carentes da região do pós-balsa em São Bernardo do Campo.

Equipe de pesquisa da Unifesp, campus Diadema:

Coordenadora do inventário Aranhas: Profa. Dra. Cibele Bragagnolo

Professores colaboradores: Prof. Dr. Cristiano Feldens Schwertner; Prof. Dr. Thomas Püttker; Profa. Dra. Michelle Manfrini e Prof. Dr. André do Amaral Nogueira

Alunos de mestrado: Stefan Ribeiro Dias e Juliana Abud Quagliano

Alunos de graduação em Ciências Biológicas da Unifesp: Luana Camargo Matos, Mariana Carolina Almeida Saiz, Marcello Caldeira Teles Batista e Willian Souza Lima.

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