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Vítimas de tráfico: várias espécies de papagaio

Papagaio-verdadeiro | Foto: Roberta Boss

O papagaio é um dos animais mais traficados no Brasil. Ele está presente em 12 diferentes espécies em todo o território nacional e vive em bandos na região do entorno do PEI. As mais conhecidas são as do papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva); papagaio-charão (Amazona pretei); papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea); papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis); papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) e papagaio-moleiro (Amazona farionosa).

Entre as principais vítimas do tráfico de animais, a espécie chamada de papagaio-verdadeiro é a mais caçada por ser considerada a que desenvolve a melhor fala, ou seja, a habilidade de reproduzir sons e a voz humana.

Os papagaios-verdadeiros habitam o Brasil do nordeste ao sul, bem como o leste da Bolívia, Paraguai e o norte da Argentina. Medindo entre 35 e 37 cm, costumam ter a cabeça com penas amarelas e tons azul-esverdeado na frente e na bochecha, com o restante do corpo verde. Eles se reproduzem entre agosto e novembro e têm uma alimentação generalizada, composta por frutos e sementes.

Os papagaios não fazem os próprios ninhos, eles procuram buracos em árvores para botar os ovos e, para capturar as espécies, os traficantes de animais destroem os ninhos e derrubam as árvores. Segundo dados do Projeto Papagaio Verdadeiro, a fiscalização ambiental resgata, em média, só no estado do Mato Grosso do Sul, cerca de 600 a 700 aves por ano.

Outra espécie bastante traficada por causa da beleza é o papagaio-de-cara-roxa. Este só encontrado nos litorais sul de São Paulo, do Paraná e extremo norte de Santa Catarina. É uma espécie endêmica da Mata Atlântica e classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais como espécie em perigo de extinção.

A reprodução ocorre nos meses entre agosto e dezembro. O casal de papagaios constrói um ninho em um tronco oco onde a fêmea põe dois ovos incubados por cerca de 30 dias. Trata-se de uma espécie frugívora, mas que também consome sementes, folhas e flores.

O papagaio-de-peito-roxo está ameaçado por causa da caça predatória e destruição do seu habitat. Os índios domesticavam este papagaio e usavam as penas para a confecção de adornos. Hoje, é uma das espécies mais cobiçadas no contrabando de animais silvestres.

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