Blog Educação Ambiental, Acessibilidade
e Inclusão Social

< Voltar

Como é a Geomorfologia do PEI  

Foto: Atlas Socioambiental de SBC

Quem utiliza metodologias para estudar o relevo de regiões, tendo em vista a origem, estrutura, natureza das rochas, o clima e as diferentes forças endógenas e exógenas que impactam a vida no relevo local, pratica a ciência chamada Geomorfologia. Tratam-se de estudos que contribuem para a prevenção de desastres ambientais, como desmoronamentos de terra, e contribuem para a formulação de políticas de gestão sustentável de recursos naturais presentes no solo.

A boa notícia é que São Bernardo do Campo (SBC) possui o Atlas Socioambiental (Atlas Socioambiental – São Bernardo (saobernardo.sp.gov.br) que, entre outras coisas, ajuda a entender as características da estrutura do solo e do relevo do Parque Ecológico Imigrantes (PEI), da cidade e da região.

Mapa Geomorfológico de São Bernardo do Campo

Fonte: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (1999), Secretaria de Gestão Ambiental (SGA-2013)

O material mostra que a classificação do relevo do parque é formada por morrotes pequenos e isolados, inseridos em uma região chamada de Planalto Paulista. No mapeamento geotécnico do parque consta que a área é formada por colinas de 40 a 60 metros de altitude, compostas por substratos de rochas sedimentares e uma cobertura de solo mais desenvolvida, com textura mais argilosa/siltosa ou de textura arenosa, que pode atingir até 3 m de profundidade.

No mapa da hidrografia do terreno, que consta no Atlas, é possível visualizar cerca de sete cursos d’água que descem o relevo do parque em busca da Represa Billings. Nessa página, além de encontrar os rios da região, é possível conhecer os conceitos de rio, córrego, riacho, lago e lagoa.

No Atlas, por exemplo, você fica sabendo que os cursos d´água são divididos em três partes: curso superior, curso médio (ou intermédio) e curso inferior. E que as nascentes estão sempre nas partes mais altas desses cursos d´água, já que pela força da gravidade, a água desce o relevo para chegar a lagos, represas ou no mar.

Segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que fez estudos um pouco mais detalhados sobre a Geologia de São Bernardo do Campo, o embasamento geológico no município é composto por rochas e minerais da Era Cenozóica – Período Quaternário, da Era Mezosóica e também do Pré-Cambriano.

Isso significa que estamos falando de uma outra escala do tempo, a escala geológica, que aborda bilhões de anos. Estima-se que o Planeta Terra tenha cerca de 4,5 bilhões de anos.

Segundo os especialistas, 90% do território do município de SBC faz parte de um Compartimento Geomorfológico que agrega as denominadas Colinas de São Paulo e a Morraria de Embu.

A região possui uma amplitude topográfica (variação de altitude entre o ponto mais alto e o mais baixo) de 926 metros. Ou seja, o ponto de maior altitude da cidade é o Pico do Bonilha com 986,50 metros. E o de menor altitude, são os 60 metros do encontro do Rio Passareúva e do Rio dos Pilões na Serra do Mar.

Além disso, no Atlas é possível obter muita informação sobre as florestas, os bichos silvestres, a Represa Billings, o clima da cidade, caminhos, ruas e rios. Um material farto para os profissionais que atuam no trabalho de preservação e conservação do PEI, além do público que se interessa pelo assunto.

Clique aqui para conhecer o Atlas

< Voltar