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Estudos ajudam a entender a fauna do PEI

Foto creative commons

A Mata Atlântica onde está localizado o Parque Ecológico Imigrantes (PEI) é considerada uma das mais ricas em biodiversidade do país. O parque inclusive deu início a um levantamento sobre a fauna para desenhar um panorama das espécies animais presentes no local. Segundo o Atlas Socioambiental de São Bernardo do Campo (SBC), uma outra metodologia que ajuda a entender como funciona a vida na região, é recorrer a EIAs-RIMA (Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental), inventários faunísticos de municípios limítrofes e do Núcleo Itutinga-Pilões do Parque Estadual da Serra do Mar – PESM.

Para se ter ideia dessa riqueza, em janeiro de 2016 uma onça pintada (Panthera onça) foi observada no PESM – Núcleo Curucutu, área vizinha ao PEI.  Fato que permite aos pesquisadores imaginar que esse indivíduo circule pelo PEI e regiões de mata de SBC. Ao todo, estima-se que existam cerca de 250 onças pintadas em toda Mata Atlântica, espécie ameaçada de extinção.

Na divisa com o PEI, o PESM abriga 131 das 200 espécies endêmicas encontradas na Mata Atlântica, 42 das quais ameaçadas de extinção, segundo dados da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente/SMA. O local abriga 19% das espécies de vertebrados do país e 46% de todas as espécies da Mata Atlântica.

Uma outra possibilidade que existe de aferir a presença de espécies na região é analisar os dados dos animais acidentados encaminhados ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) do Zoológico Municipal de SBC. Esses dados podem mostrar quais espécies têm sido encontradas nas áreas de floretas nas proximidades.

Estudos na região próxima a SBC, no Parque Estadual da Serra do Mar, apontam para uma variedade superior a 230 espécies aves. A Mata Atlântica é uma das regiões com maior biodiversidade de aves no mundo com mais de 600 espécies, das quais cerca de 160 são endêmicas.

Quanto aos mamíferos, estudos recentes listam 321 espécies (classificados em 35 famílias e 10 ordens) na Mata Atlântica brasileira, incluindo 89 espécies endêmicas. Os morcegos (Ordem Chiroptera) e os roedores (Ordem Rodentia) apresentam os maiores números de espécies, 120 e 108, respectivamente, somando juntas 71% dos mamíferos da Mata Atlântica.

Em relação aos répteis, o Brasil apresenta 795 espécies nativas em seu território, sendo 405 espécies de serpentes, 276 de lagartos, 72 de anfísbenídios (cobras cegas), 36 de quelônios (cágados, tartarugas e jabotis) e seis espécies de jacarés. Em relação aos endemismos, cerca de dois terços das espécies de primatas da Mata Atlântica são endêmicas e para os roedores essa taxa é ainda maior, 55 espécies o que equivale a 50,9% das espécies do bioma.

 

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