Harpia, espécie imponente e de rara beleza
Foto: Jiang Chunsheng / share alike
Uma das aves de rapina mais espetaculares do mundo ronda as florestas atlânticas brasileiras. Um animal carnívoro e do topo da cadeia alimentar, cuja velocidade máxima de voo pode atingir 80 km/h. Essa espécie imponente e de rara beleza que assustava o homem desde a Grécia Antiga recebeu o nome de Harpia – em referência aos espíritos de vento que levavam os mortos para o deus Hade, do submundo, ou para Tártaro, deus do caos. Diziam que a ave tinha rosto de mulher e corpo de abutre.
No Brasil, são conhecidas como gavião-real, gavião-de-penacho, águia-imperial-brasileira, entre outras nomenclaturas. Uma curiosidade é que a envergadura da asa do gavião-real é relativamente pequena, embora as asas sejam largas, uma adaptação que aumenta a rapidez, agilidade e eficácia das manobras durante a caça.
Possuem as maiores garras de todas as espécies de águias vivas. As presas chegam a pesar o mesmo que seu próprio corpo. São verdadeiras ferramentas de caça que permitem capturar animais grandes, como preguiças vivas, macacos bugio e macacos-aranha. A estratégia de caça é a de poleiro. Onde com voos curtos de árvore em árvore avistam a presa e mergulham rapidamente para agarrá-las.
Embora não seja conhecida por caçar humanos e raramente atacar animais domésticos, o tamanho grande da espécie e o comportamento destemido em torno dos humanos fazem dela um “alvo irresistível” para os caçadores.
Os gaviões-reais fêmeas geralmente pesam de seis a nove quilos e podem chegar a até 10 quilos. Medem de 86,5 a 107 centímetros de comprimento total e uma envergadura de 176 a 224 centímetros. Entre as medidas padrão, a corda da asa mede 54 a 63 centímetros e a cauda mede 37 a 42. O tamanho médio da garra é de 8,6 centímetros nos machos e 12,3 centímetros nas fêmeas.
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