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Espécie ameaçada de extinção vive no parque

Em agosto, a plataforma online do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) divulgou uma lista com 364 espécies de animais da fauna brasileira classificadas como “criticamente em perigo” de extinção. Uma delas vive no Parque Ecológico Imigrantes (PEI) e em plena harmonia com a Mata Atlântica. Trata-se de um dos moradores mais ilustres do parque, o macaco Bugio. Aqui ele vive protegido e desfruta dos 484 mil m² de florestas nativas do parque.

A divulgação de listas de animais ameaçados, como a do ICMBio, mostra a importância da preservação dos biomas brasileiros. “Podemos dizer que iniciativas como a do parque são essenciais para inibir a extinção de espécies como a do macaco Bugio, que pode ser vist0 com frequência aqui durante os passeios, ressalta Davi Costa, monitor e biólogo do PEI.

O bugio, macaco-uivador, guariba, barbado ou aluata é um gênero de macaco do Novo Mundo da família Atelidae e da subfamília Alouattinae. No parque, quase sempre ao cair do sol, começam as vocalizações dos bugios. Costa explica que essa vocalização acontece por meio do osso hióide, uma característica morfológica dessa espécie que forma uma câmara de ressonância. “Percebemos que os indivíduos dessa espécie vivem com as suas famílias em plena harmonia com as atividades cotidianas do parque”, salienta ele.

Existem vários motivos para o bugio emitir esse som, entre eles, o ronco serve para atrair uma fêmea ou avisar outros indivíduos sobre algum perigo. Além disso, o ronco dessa espécie é um sinal de saúde ambiental, uma espécie de música da floresta.

A plataforma do ICMBio – onde é possível encontrar informações sobre as espécies ameaçadas – é chamada de Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (Salve). Ela pode ser acessada pelo site (www.icmbio.gov.br) e reúne informações sobre quase 15 mil espécies da fauna brasileira, classificadas inclusive quanto ao risco de extinção – segundo os parâmetros da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.

Segundo Costa, as iniciativas como as do PEI são essenciais para a conservação das espécies da Mata Atlântica. “Não apenas porque a presença do parque inibe ações humanas que impactam as espécies de animais, mas também pela atuação como promotor de educação ambiental”, finaliza.

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