Parque é lar de gambás, cuícas e catitas
Foto: Catita (Marmosa sp Thylamys)
Apesar de ser difícil avistá-los durante o dia, o PEI é lar de marsupiais como os gambás ( Didelphis aurita ), as cuícas ( Caluromys philander ) e as catitas (Monodelphis). Na Mata Atlântica podem ser encontradas 23 espécies desses animais. O bioma apresenta grande diversidade de micro-habitats e áreas com características físicas e biológicas particulares, fundamentais para a sobrevivência desses mamíferos.
Os marsupiais presentes no parque diferem entre si na aparência, no tamanho e no uso das diferentes ‘camadas’ da mata (chão, subbosque e copas). Os gambás são maiores, as cuícas no tamanho intermediário, na comparação entre eles, e as catitas são as menores e se parecem com camundongos.
Entender e levantar informações sobre a ecologia dos marsupiais pode contribuir no desenvolvimento de estudos e na preservação dos ecossistemas onde vivem. A principal característica deles é a bolsa na região abdominal chamada marsúpio, que é utilizada para proteger, carregar e abrigar os filhotes.
A gestação dura apenas alguns dias porque uma placenta verdadeira não é formada. Eles nascem em um estágio precoce de formação e completam seu desenvolvimento na bolsa marsúpio ou em pregas de pele que a fêmea tem no ventre. Existem também outras diferenças entre os marsupiais e os mamíferos em aspectos fisiológicos, morfológicos, ecológicos e evolutivos.
Outra característica importante é a presença de uma placenta simples cório-vitelínica, muitas vezes não considerada, mantendo-os com a classificação de não placentários.
No Brasil, existem 46 espécies de marsupiais distribuídas nos diferentes biomas terrestres nacionais. São importantes na dinâmica das comunidades da Mata Atlântica, pois são eficientes dispersores de sementes e podem atuar como controladores das populações de roedores silvestres.
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