Blog Educação Ambiental, Acessibilidade
e Inclusão Social

< Voltar

Que venha o verão e o renascer de um novo ano!

Quando Tim Maia, em 1970, imortalizou a frase É Primavera, te amo!, de uma das mais memoráveis canções da MPB, certamente, estava rendendo homenagens à sua estação do ano preferida. E nós do PEI rendemos essa mensagem a você, com a entrada do verão. Afinal, quem não aprecia o renascer das folhas, o alvorecer das flores, o canto entusiasmado dos passarinhos que saúdam o regresso das manhãs cálidas e dos entardeceres plenos de luz?
Cinco décadas atrás o clima era muito mais previsível do que é hoje. Mas já àquela época indícios de que algo muito grave ensaiava afetar o tempo, eram cada vez mais evidentes.

O aquecimento global não começou ontem. Em 2017, o History Channel exibiu um documentário tão espetacular quanto assustador: Dois Graus, o Ponto Sem Volta. O ponto de partida do programa é o momento em que pesquisadores começaram a medir a temperatura do planeta, no ano de 1850, quase um século após o início da Revolução Industrial.

E o diagnóstico é claro. Excedidos esses dois graus, acima das temperaturas médias registradas nos últimos 170 anos, e a Terra sofrerá um processo de efeito estufa em que não haverá retorno. Não seria possível “desligar” esse dispositivo natural que seguiria elevando o calor até o nível do insuportável, com todas as implicações trazidas por esse fenômeno provocado pela sociedade moderna.

No entanto, nem todas as mudanças dramáticas no meio ambiente são de responsabilidade humana. Alguns milhares de anos atrás, nosso planeta sofreu uma pequena inclinação em seu eixo, fazendo com que uma região úmida, com flora e fauna ricas, ficasse diretamente exposta à inclemência do sol. Essa pequena variação na rotação do globo fez com que o hemisfério norte, onde essa região está localizada, ficasse mais quente nos meses de verão. A região em questão, outrora verde, é o atual Deserto do Saara.

Seja pela ação da sociedade descompromissada com o meio ambiente, ou por episódios cíclicos produzidos pelas forças naturais, as vítimas desses “delitos”, voluntários ou não, serão sempre os biomas. A Mata Atlântica é um bom exemplo, dizimada em quase sua totalidade, desde que os “descobridores” aqui chegaram, em 1500, pouco mais de 10% dela restam. Mantê-la, protegê-la, estimulá-la, a ela e a tudo que representa em termos de vida vegetal e animal é a missão do Parque Ecológico Imigrantes. No que depender de nossos técnicos, funcionários e biólogos, as estações passam, mas o PEI fica. E fica cada vez melhor.

Dá gosto de ver o resultado de nosso trabalho toda vez que amanhece com esse calorzinho que já vem anunciando um verão repleto de espécies que renascem, prosperam, cantam, voam, germinam nesse período, numa colorida e vibrante declaração que a existência sempre dá um jeito de recomeçar. E no que depender da gente, a Mata Atlântica vai continuar verdejante, diversa e viva!

A todos, boas festas!

 

< Voltar